sábado, 30 de janeiro de 2010

O PROFISSIONAL EM SERVIÇO SOCIAL

A carreira

Esqueça a idéia preconceituosa que o assistente social é alguém que só se preocupa em ajudar as pessoas a enfrentar questões delicadas. Primeiro, porque ele ganha um salário para cumprir suas tarefas. Depois, porque essa atividade passa longe do paternalismo: nasce da percepção de que as desigualdades sociais precisam ser combatidas para o benefício de todos. "Lidamos com a questão da pobreza porque ela afeta toda a sociedade, e não só os desfavorecidos", diz Marta Campos, professora da PUC de São Paulo. "Se há desemprego, a violência aumenta e o consumo diminui."
Pela própria natureza de sua atividade, com freqüência esse profissional enfrenta o lado mais cruel da vida. "Trabalho com prevenção de Aids em viciados em drogas injetáveis, fazendo um serviço muito polêmico: a troca de seringas, chamada de política de redução de danos", conta Cristina Brites, 36 anos, coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Aids da USP, em São Paulo. "É muito difícil conseguir retirar a droga da vida do viciado, e, para ajudar de alguma maneira, optei pela redução de danos." Mesmo quem atua em áreas menos duras lida com dramas humanos, como ajudar alguém a receber o seguro-desemprego o apoiar os envolvidos em um processo judicial de guarda de filhos.
No setor público, que emprega 80% da categoria, há boas notícias. "Existem empregos nos Estados e nos municípios, já que o governo federal está descentralizando a política de saúde e a assistência social", informa Elaine Rossetti Behring, do Conselho Federal de Serviço Social, no Rio de Janeiro. Nas empresas, o assistente social atua principalmente no setor de recursos humanos. "Fazemos treinamento e montamos grupos para melhorar a qualidade de vida do funcionário", explica Elaine.

O mercado

Segundo uma pesquisa conjunta do Conselho Regional de Serviço Social e do professor Ademir Silva, da PUC de São Paulo, o setor público é o que mais emprega assistentes sociais, seguido das grandes empresas. "Eles aparecem no quadro de 45% das companhias da Grande São Paulo. Em 22% delas, trabalham na área de recursos humanos", afirma o professor. Novas frentes de trabalho estão se abrindo em organizações não governamentais.

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